Thursday, January 13, 2005

[...]

Acalma o meu respiro com o teu respiro,
Acalma o meu peito com o teu peito,
Alimenta minh'alma com o teu beijo,
Sê o sangue que flui nas minhas veias,
Sê o ar que respiro, que suspiro,
Sê o ar que, no qual, me sustento,
Suspenso no ar que me rodeia,
No calor que fogo me ateia,
Que em chamas me consome,
Que em cera me derrete,
Espessa, líquida que escorre,
Que pelo meu corpo serpenteia,
No teu corpo solidifica,
Rocha inerte cheia de vida,
Torrão de açucar que de tão doce amarga
E curto-circuita as pupilas gustativas...

"Pára... Pára... Não páres... Continua!!!"
O teu corpo agora é meu,
A tua alma agora é minha,
O meu corpo agora é teu
E os meus sentidos são luzinhas
Que acendem e apagam
E acendem e apagam
E apagam e acendem,
Que me soltam e me rendem
..."Eu rendo-me...!"
Saqueia-me, toma-me prisioneiro,
Prende-me nos teus braços
Com os teus braços
E cala-me com teus beijos.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home